Natal...muitas saudades...imagens que passam como sombras,
lembranças de sorrisos, vozes nervosas a falar alto,
Rezas, família inteira, sem faltar um pedacinho que fosse.
Natal é saudade do que foi e a perpetuação de momentos que se tatuam na nossa história.
Que raio de comemoração é esta que mexe com a gente
E nos leva a acreditar que o passado ficou, o presente é lindo e o futuro pode ser de esperança???
Há algo no ar que nos faz sorrir e chorar.
É o enlace entre a tristeza e a alegria.
Mistura de sentimentos que não lembramos existir no decorrer do ano.
Natal é querer reviver uma história que se foi,
É olhar a fotografia amarelada pelo tempo e estar nela,
Natal é grito de paz, de dor, de fé, de raiva, de amor,
Natal é cumplicidade de sentimentos desbotados, vontade de reconciliar,
Mesmo que brigue depois.
É isso!!! Natal é trégua momentânea, sabores de renovação,
Natal é desejo, é expectativa, é 13º, é liberdade de dívida...
Natal é o que ficou de um pobre menino-mito,
Que nasceu assim, de repente, cheio de mistérios, numa história esquisita e bela
Uma história de dúvida e de estrelas mágicas, de anjos que falaram e reis que presenteram.
Natal é “noite feliz”, cantada no mundo (quase) todo.
Natal é quando “tudo é paz, tudo é luz”
Natal é momento mágico de se render a um cara que, para nós, tem 2010 anos,
Morreu dizendo “amem-se!” Renasceu para iluminar caminhos.
“Dorme em paz, ó Jesus!”
Seus filhos não aprenderam ainda a sua lição,
São desobedientes e teimosos,
Mas estão colorindo as ruas, arrumando a casa, comprando presentes...mas não é para Você!!!
É...mas, de alguma forma, eles se lembram de que o niver é Seu!!!
Eles sabem que “a festa é sua, a festa é nossa, é de quem vier”
E nesta trégua misteriosa, cantaremos o amor, nos abraçaremos,
Quem sabe oraremos, se der, agradeceremos a Você por tudo,
Choraremos nossas lembranças, perdas, esperanças,
Porque somos brasileiros, filhos da emoção,
Passionais de carteirinha, malandrões por convicção
“Vem a nós todos salvar!!”
“Dorme, em paz, ó Jesus!”
É Natal!
Rozana Pires/ 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
A BUSCA DE MIM
Procuro-me em mim
Descubro-me outra
Uma mulher nova,
Melhor, uma nova mulher
A semântica dá novos sentidos
Mas o sorriso dá novo alento.
Procuro o que resiste em mim
E contemplo a alegria de outrora
Sem saudosismos vãos,
Mas a alegria simples de saber-me viva, inteira, plena...
Encontro em mim a mulher que luta e conquista,
Mas se faz doce e submissa
E atriz que finge não ser, mas é....e gargalha...
Procuro-me na contemplação da lua,
No mar suave ao amanhecer,
No sol que surge se impondo.
Procuro-me e já não me encontro, eu mesma
Aquela que queria e queria e nunca se contentava
Agora há outra que continua querendo,
Mas sabe que já conquistou.
Procuro a mulher que arde no leito de amor.
E encontro uma menina capaz de amar sem sentir dor.
Rozana Pires
Descubro-me outra
Uma mulher nova,
Melhor, uma nova mulher
A semântica dá novos sentidos
Mas o sorriso dá novo alento.
Procuro o que resiste em mim
E contemplo a alegria de outrora
Sem saudosismos vãos,
Mas a alegria simples de saber-me viva, inteira, plena...
Encontro em mim a mulher que luta e conquista,
Mas se faz doce e submissa
E atriz que finge não ser, mas é....e gargalha...
Procuro-me na contemplação da lua,
No mar suave ao amanhecer,
No sol que surge se impondo.
Procuro-me e já não me encontro, eu mesma
Aquela que queria e queria e nunca se contentava
Agora há outra que continua querendo,
Mas sabe que já conquistou.
Procuro a mulher que arde no leito de amor.
E encontro uma menina capaz de amar sem sentir dor.
Rozana Pires
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
PRECONCEITO E DOR: DE QUEM É A CULPA?
Ainda me surpreendo comigo mesma quando me flagro assustada com certos atos de selvageria. Que bom!!! Fico muito, muito feliz por me saber humana. Sim. Só o estado de espanto é humano e me recuso a ser mera criatura que flutua entre a o ter e o ser. Nada! Quero, apenas, viver. Viver, no entanto, resume-se a surpreender, assustar, compreender, descobrir. E eu descubro, com espanto e horror, que o mundo ainda esconde surpresas postas em desalinho com o que se espera do homem da modernidade.
Alguns jovens entre 15 e 17 anos assustam o país ao espancarem, sem qualquer sentimento de piedade, rapazes que , supostamente, são gays. Mais de 4 contra um, apenas um. Acuado, humilhado, ferido no corpo e na alma. Não bastasse a intolerância do silêncio hipócrita de alguns, o grito em socos e pontapés. Os agressores são de classe média; aquela protegida por pais, leis, escolas. São os jovens que assistem, como se não prestassem atenção, à enorme demanda de crimes que se perpetuam e crescem por conta da impunidade. O fato é que “parece” que eles não prestam atenção, mas prestam sim e creem que podem também estar acima do bem e do mal. E eis a palavra de ordem: IMPUNIDADE.
Não tenho a receita para combater isso, muito menos me excluo da culpa nessa engrenagem da qual, mesmo relutando, faço parte. O fato é que esses meninos apostam nisso. Eles se perdem em seu mundo dourado e acreditam que NADA os molestará e deixam fluir o seu preconceito embutido e disfarçado. De onde trazem esse sentimento? Em que momento de suas recentes existências perceberam que ser diferente, é ruim, é pecado, é perigoso. Que modelos afinal eles seguiram? Sim, porque, como já tenho dito, palavras não educam, mas exemplos, sim.
É lamentável, doído mesmo, perceber que nós, adultos, pais e educadores, estamos falindo. Somos nós os exemplos deles. Somos os que os fazem acreditar que diversidade é algo que deva ser combatido com socos e pontapés e, talvez, com um “pouco de sorte”, com a morte. Ser negro, gay, nordestino ainda causa desejos de matar em alguns jovens neste “Brasilzão” de tantas misturas. Roubos, maus tratos contra crianças, estupros, fichas sujas, não.
Precisamos urgentemente rever nossos conceitos e posturas. Precisamos endurecer para que nossos meninos percebam que há um limite. Precisamos acreditar na Escola que escolhemos para nossos filhos e estabelecer uma parceria séria, em que valha mais a figura do educador e menos a mensalidade que se paga. Uma parceria que permita que eles sejam punidos quando se fizer necessário e que a Escola aí seja a lei, os pais, os que respeitam essa lei e seus filhos, massa a ser modelada para mandar para o mundo cidadãos melhores. Precisamos nos reinventar e ter a coragem de nos olharmos bem no fundo e enfrentar a certeza de que atos bárbaros, cometidos por jovens em tão tenra idade são de responsabilidade nossa, sim. Como pais, educadores, representantes políticos. Um homem, independente da sua condição social, não urina na rua porque esse ato esteja no seu DNA. Ele o faz porque, um dia, alguém (Mãe, avó, tia, pai...) o induziu a fazê-lo, tornando-se, assim, algo banal.
As autoridades buscaram grupos de Neonazistas, Skin Reads, Os Carecas, enfim...Buscaram culpados em redutos doentes e malcheirosos; buscaram culpados no óbvio! Quem sabe não tenha sido algum grupo terrorista, ou mesmo muçulmanos nas cores verde e amarela! Mas foi com constrangimento que a polícia anunciou: Não! Eram jovens de classe média, bem nascidos, com endereço fixo, pais vivos, boa escola e ...preconceituosos.
Portanto, fica aqui a minha reflexão diante de crime tão indefinível. Algo que revela um preconceito cruel, vil, doente. Plantado por quem? Quando? Como? Não sabemos, mas imaginamos. E dormirei agitada, mas, de certa forma, em paz, pois ainda estou assustada, indignada, enojada. Isso significa dizer que ainda há “gente” dentro de mim.
Rozana Pires
20-11-2010
Alguns jovens entre 15 e 17 anos assustam o país ao espancarem, sem qualquer sentimento de piedade, rapazes que , supostamente, são gays. Mais de 4 contra um, apenas um. Acuado, humilhado, ferido no corpo e na alma. Não bastasse a intolerância do silêncio hipócrita de alguns, o grito em socos e pontapés. Os agressores são de classe média; aquela protegida por pais, leis, escolas. São os jovens que assistem, como se não prestassem atenção, à enorme demanda de crimes que se perpetuam e crescem por conta da impunidade. O fato é que “parece” que eles não prestam atenção, mas prestam sim e creem que podem também estar acima do bem e do mal. E eis a palavra de ordem: IMPUNIDADE.
Não tenho a receita para combater isso, muito menos me excluo da culpa nessa engrenagem da qual, mesmo relutando, faço parte. O fato é que esses meninos apostam nisso. Eles se perdem em seu mundo dourado e acreditam que NADA os molestará e deixam fluir o seu preconceito embutido e disfarçado. De onde trazem esse sentimento? Em que momento de suas recentes existências perceberam que ser diferente, é ruim, é pecado, é perigoso. Que modelos afinal eles seguiram? Sim, porque, como já tenho dito, palavras não educam, mas exemplos, sim.
É lamentável, doído mesmo, perceber que nós, adultos, pais e educadores, estamos falindo. Somos nós os exemplos deles. Somos os que os fazem acreditar que diversidade é algo que deva ser combatido com socos e pontapés e, talvez, com um “pouco de sorte”, com a morte. Ser negro, gay, nordestino ainda causa desejos de matar em alguns jovens neste “Brasilzão” de tantas misturas. Roubos, maus tratos contra crianças, estupros, fichas sujas, não.
Precisamos urgentemente rever nossos conceitos e posturas. Precisamos endurecer para que nossos meninos percebam que há um limite. Precisamos acreditar na Escola que escolhemos para nossos filhos e estabelecer uma parceria séria, em que valha mais a figura do educador e menos a mensalidade que se paga. Uma parceria que permita que eles sejam punidos quando se fizer necessário e que a Escola aí seja a lei, os pais, os que respeitam essa lei e seus filhos, massa a ser modelada para mandar para o mundo cidadãos melhores. Precisamos nos reinventar e ter a coragem de nos olharmos bem no fundo e enfrentar a certeza de que atos bárbaros, cometidos por jovens em tão tenra idade são de responsabilidade nossa, sim. Como pais, educadores, representantes políticos. Um homem, independente da sua condição social, não urina na rua porque esse ato esteja no seu DNA. Ele o faz porque, um dia, alguém (Mãe, avó, tia, pai...) o induziu a fazê-lo, tornando-se, assim, algo banal.
As autoridades buscaram grupos de Neonazistas, Skin Reads, Os Carecas, enfim...Buscaram culpados em redutos doentes e malcheirosos; buscaram culpados no óbvio! Quem sabe não tenha sido algum grupo terrorista, ou mesmo muçulmanos nas cores verde e amarela! Mas foi com constrangimento que a polícia anunciou: Não! Eram jovens de classe média, bem nascidos, com endereço fixo, pais vivos, boa escola e ...preconceituosos.
Portanto, fica aqui a minha reflexão diante de crime tão indefinível. Algo que revela um preconceito cruel, vil, doente. Plantado por quem? Quando? Como? Não sabemos, mas imaginamos. E dormirei agitada, mas, de certa forma, em paz, pois ainda estou assustada, indignada, enojada. Isso significa dizer que ainda há “gente” dentro de mim.
Rozana Pires
20-11-2010
domingo, 26 de setembro de 2010
CARTA PARA VOCÊ
"CADA UM DE NÓS CONSTROI A SUA HISTÓRIA
E CADA SER, EM SI, CARREGA O DOM DE SER CAPAZ
E SER FELIZ..."
Pois é, PESSOA, cada um de nós faz a própria história. Eu fiz a minha e creio que parte dela foi bem feita; a outra deixou a desejar. Por essa parte mal feita, pago o meu preço. No entanto, quero, num esforço sobrehumano e derradeiro, concluir esta parte que foi o que aprendi da vida. Agora, vejo que já está ficando muito tarde para remendar trapos e tecer novos tecidos. A vida passa, sou "envelhecente" e já não tenho ilusões ou tempo para ir corrigindo coisas erradas, mas quero VIVER, assim, devagarinho, saboreando cada momento, como se degustasse um bom vinho. Quero caminhar sem olhar para trás, sentindo o futuro que é daqui a pouco. Tentar não errar tanto, mas me permitir cometer erros sem culpa, pois viver é um desenhar sem borracha e os meus desenhos eu continuo traçando. NÃO vou mais ficar correndo atrás de ninguém para NADA. Nem para amar, nem para dar amor, pois até para dar amor, o outro precisa querer receber, né? Se alguém não aceita a forma como quero dar o meu, paciência! Por isso ponho aqui o meu amor por vc, pessoa, e deixo um pequeno legado em forma de conselhos. Lá vão alguns:
1) ACREDITE MAIS EM SI, em seu potencial, em sua capacidade para construir coisas. VC PODE MUITO MAIS DO QUE IMAGINA.
2) CUIDADO COM O QUE DIZ!!!! O segredo consiste em entender que as palavras têm força, poder e elas acabam se voltando contra nós, ou não. A escolhe é sempre nossa e tire Deus dessa culpa, ok?
3) APRENDA A PERDOAR!! Vc está sempre armado contra o mundo. Deixe isso para os pobres de espírito, infelizes.
4) CALMA!!! Eu corri tanto e hoje vejo que não precisava. Ficou um monte de coisas pelo caminho, espalhadas e inúteis. Já não servem mais para mim.
5) ACEITE AS PERDAS!!! Não temos nada nosso. Isso também faz parte de nossa história. Só quem parte cedo pode não vivenciar as perdas. Elas são sangue nas veias da vida.
6) CUIDE DE VC!!! Não só fisica, mas espiritualmente tb. Busque uma fé! É muito bom ter com quem dividir coisas.
Agora, uma pequena reflexão: O que lhe falta EXATAMENTE? Vc tem inteligência e FELICIDADE. Pois é, tem sim, mas não consegue enxergar. Só as verá, qdo já não a tiver. Aí estarão espalhadas pelo caminho que vc caminhou sem olhar e não poderá mais voltar. Taí...nas suas mãos...ao seu alcance, mas vc só se queixa: saudades, desamor, uma relação que está uma merda e só vc não vê, ou, PIOR, vê e não tem coragem de definir. Ou estará boa, mas vc tb não consegue ver? TIRE A VENDA QUE COBRE SEU OLHAR DE ALMA, pessoa!!! PARE de se sentir tão infeliz!!! Vc É FELIZ e não sabe!!!O que teme? Mude algo em si!!! Ocupe seu tempo pensando em si mesmo de uma forma legal, positiva.
FAÇA ALGO POR VC!
E CADA SER, EM SI, CARREGA O DOM DE SER CAPAZ
E SER FELIZ..."
Pois é, PESSOA, cada um de nós faz a própria história. Eu fiz a minha e creio que parte dela foi bem feita; a outra deixou a desejar. Por essa parte mal feita, pago o meu preço. No entanto, quero, num esforço sobrehumano e derradeiro, concluir esta parte que foi o que aprendi da vida. Agora, vejo que já está ficando muito tarde para remendar trapos e tecer novos tecidos. A vida passa, sou "envelhecente" e já não tenho ilusões ou tempo para ir corrigindo coisas erradas, mas quero VIVER, assim, devagarinho, saboreando cada momento, como se degustasse um bom vinho. Quero caminhar sem olhar para trás, sentindo o futuro que é daqui a pouco. Tentar não errar tanto, mas me permitir cometer erros sem culpa, pois viver é um desenhar sem borracha e os meus desenhos eu continuo traçando. NÃO vou mais ficar correndo atrás de ninguém para NADA. Nem para amar, nem para dar amor, pois até para dar amor, o outro precisa querer receber, né? Se alguém não aceita a forma como quero dar o meu, paciência! Por isso ponho aqui o meu amor por vc, pessoa, e deixo um pequeno legado em forma de conselhos. Lá vão alguns:
1) ACREDITE MAIS EM SI, em seu potencial, em sua capacidade para construir coisas. VC PODE MUITO MAIS DO QUE IMAGINA.
2) CUIDADO COM O QUE DIZ!!!! O segredo consiste em entender que as palavras têm força, poder e elas acabam se voltando contra nós, ou não. A escolhe é sempre nossa e tire Deus dessa culpa, ok?
3) APRENDA A PERDOAR!! Vc está sempre armado contra o mundo. Deixe isso para os pobres de espírito, infelizes.
4) CALMA!!! Eu corri tanto e hoje vejo que não precisava. Ficou um monte de coisas pelo caminho, espalhadas e inúteis. Já não servem mais para mim.
5) ACEITE AS PERDAS!!! Não temos nada nosso. Isso também faz parte de nossa história. Só quem parte cedo pode não vivenciar as perdas. Elas são sangue nas veias da vida.
6) CUIDE DE VC!!! Não só fisica, mas espiritualmente tb. Busque uma fé! É muito bom ter com quem dividir coisas.
Agora, uma pequena reflexão: O que lhe falta EXATAMENTE? Vc tem inteligência e FELICIDADE. Pois é, tem sim, mas não consegue enxergar. Só as verá, qdo já não a tiver. Aí estarão espalhadas pelo caminho que vc caminhou sem olhar e não poderá mais voltar. Taí...nas suas mãos...ao seu alcance, mas vc só se queixa: saudades, desamor, uma relação que está uma merda e só vc não vê, ou, PIOR, vê e não tem coragem de definir. Ou estará boa, mas vc tb não consegue ver? TIRE A VENDA QUE COBRE SEU OLHAR DE ALMA, pessoa!!! PARE de se sentir tão infeliz!!! Vc É FELIZ e não sabe!!!O que teme? Mude algo em si!!! Ocupe seu tempo pensando em si mesmo de uma forma legal, positiva.
FAÇA ALGO POR VC!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
SE EU PUDESSE RECOMEÇAR
Se eu pudesse recomeçar a minha história,
Mudaria algumas coisas, sim.
Mas não chorarei os pores-do-sol que perdi,
Nem lamentarei as escolhas feitas,
Também não repudiarei os encontros permitidos,
Muito menos sofrerei pelas decisões que não tomei.
Mudaria, sim, a forma de olhar a vida.
Desviaria meu olhar das dores mal sentidas,
Diria mais “não” e dormiria tranquila por isso.
Jamais me culparia por atitudes ou resultados.
Tudo tem seu momento de acontecer.
Por isso, não teria pressa, nunca!
Gargalharia mais e deixaria o vento bater nos meus cabelos desordenando-os.
Se eu pudesse recomeçar a minha história,
Romperia tabus e beijaria outras bocas.
Não me contentaria com sonhos,
Buscaria realidades.
Não obedeceria tão cegamente,
Desarrumaria a ordem natural das coisas.
Se eu pudesse recomeçar a minha história,
Seria Rozana, com “Z”!
Amaria na mesma intensidade, sofreria pelas mesmas razões,
Acolheria os mesmos amigos,
Cantaria as mesmas canções,
Diria as mesmas frases,
Acreditaria no mesmo Deus,
Receberia minhas filhas com a mesma intensidade,
Amaria com a mesma verdade,
Escolheria a mesma profissão,
Porque minha vida foi inteira,
Nada vivi pela metade,
Mas aprendi, sobrevivi, amei,
Cantei, lastimei, me rasguei inteira na dor,
Conheci o grito do silêncio,
Adormeci com o silêncio da canção.
Assim “escrevinhei” minha história.
Gargalho com intensidade, sem medo
E o mundo ouve o eco do meu riso,
Percebe a força do meu olhar,
Recua diante do meu grito
E sigo, sem olhar para o que ficou,
Porque meu nome é sorriso,
Minha força é o meu olhar
E o meu amanhã chama-se ESPERANÇA .
Rozana Pires
15/09/2010
Mudaria algumas coisas, sim.
Mas não chorarei os pores-do-sol que perdi,
Nem lamentarei as escolhas feitas,
Também não repudiarei os encontros permitidos,
Muito menos sofrerei pelas decisões que não tomei.
Mudaria, sim, a forma de olhar a vida.
Desviaria meu olhar das dores mal sentidas,
Diria mais “não” e dormiria tranquila por isso.
Jamais me culparia por atitudes ou resultados.
Tudo tem seu momento de acontecer.
Por isso, não teria pressa, nunca!
Gargalharia mais e deixaria o vento bater nos meus cabelos desordenando-os.
Se eu pudesse recomeçar a minha história,
Romperia tabus e beijaria outras bocas.
Não me contentaria com sonhos,
Buscaria realidades.
Não obedeceria tão cegamente,
Desarrumaria a ordem natural das coisas.
Se eu pudesse recomeçar a minha história,
Seria Rozana, com “Z”!
Amaria na mesma intensidade, sofreria pelas mesmas razões,
Acolheria os mesmos amigos,
Cantaria as mesmas canções,
Diria as mesmas frases,
Acreditaria no mesmo Deus,
Receberia minhas filhas com a mesma intensidade,
Amaria com a mesma verdade,
Escolheria a mesma profissão,
Porque minha vida foi inteira,
Nada vivi pela metade,
Mas aprendi, sobrevivi, amei,
Cantei, lastimei, me rasguei inteira na dor,
Conheci o grito do silêncio,
Adormeci com o silêncio da canção.
Assim “escrevinhei” minha história.
Gargalho com intensidade, sem medo
E o mundo ouve o eco do meu riso,
Percebe a força do meu olhar,
Recua diante do meu grito
E sigo, sem olhar para o que ficou,
Porque meu nome é sorriso,
Minha força é o meu olhar
E o meu amanhã chama-se ESPERANÇA .
Rozana Pires
15/09/2010
domingo, 1 de agosto de 2010
Viver é Administrar Saudades
Mais uma vez a vida me obriga a parar para recomeçar.
Fico me perguntando quantos “recomeços” terei ainda que enfrentar.
Fico me perguntando quantas vezes ainda terei que acenar
Na esperanças de ver o passado voltar.
As lágrimas caem fácil e só elas me confortam
Só elas me aliviam o coração.
Ninguém imagina a dor que sinto agora
Sei que todos dirão: pior não é a morte?
Pior não é a doença, a solidão?
Pior não é a condenação de um leito doente?
Pior não é o abandono?
À merda o que é pior...
Quem pode medir o nosso sentimento?
Quem pode determinar o que seja melhor ou pior?
Bem sei o que seria pior que a partida com esperança de retorno,
Bem sei...
Mas não importa. O pior agora é o adeus.
Amigos que se vão e deixam marcas,
Filhos que se vão para seguirem seus destinos,
A gente que fica, na esperança de um amanhã.
A história se fecha, para mim, em mais um capítulo.
Isso é o pior. Pronto!
Que ninguém me venha dizer o que seria pior. Eu sei...
Mas que a vida me permita chorar muito.
Chorar a minha saudade,
Chorar a minha tristeza de não ter condições financeiras para fazer outro capítulo,
Chorar por querer proteger e não mais poder.
Chorar por não se capaz de fingir que está tudo bem, que vai passar.
Dany vai voar para fazer a história dela
Construir a família dela
E eu passo a ser “o outro lado”
Passo a ser a lembrança de uma infância alegre, até feliz.
Passo a ser a gratidão e a preocupação.
Hora de ficar para trás.
Viver é administrar saudades.
Assim caminha a humanidade...
Rozana 01/08/2010
Fico me perguntando quantos “recomeços” terei ainda que enfrentar.
Fico me perguntando quantas vezes ainda terei que acenar
Na esperanças de ver o passado voltar.
As lágrimas caem fácil e só elas me confortam
Só elas me aliviam o coração.
Ninguém imagina a dor que sinto agora
Sei que todos dirão: pior não é a morte?
Pior não é a doença, a solidão?
Pior não é a condenação de um leito doente?
Pior não é o abandono?
À merda o que é pior...
Quem pode medir o nosso sentimento?
Quem pode determinar o que seja melhor ou pior?
Bem sei o que seria pior que a partida com esperança de retorno,
Bem sei...
Mas não importa. O pior agora é o adeus.
Amigos que se vão e deixam marcas,
Filhos que se vão para seguirem seus destinos,
A gente que fica, na esperança de um amanhã.
A história se fecha, para mim, em mais um capítulo.
Isso é o pior. Pronto!
Que ninguém me venha dizer o que seria pior. Eu sei...
Mas que a vida me permita chorar muito.
Chorar a minha saudade,
Chorar a minha tristeza de não ter condições financeiras para fazer outro capítulo,
Chorar por querer proteger e não mais poder.
Chorar por não se capaz de fingir que está tudo bem, que vai passar.
Dany vai voar para fazer a história dela
Construir a família dela
E eu passo a ser “o outro lado”
Passo a ser a lembrança de uma infância alegre, até feliz.
Passo a ser a gratidão e a preocupação.
Hora de ficar para trás.
Viver é administrar saudades.
Assim caminha a humanidade...
Rozana 01/08/2010
sábado, 17 de julho de 2010
VEM AÍ...A COPA 2014...
Tive a oportunidade de assistir ao filme institucional da Copa do Brasil, em 2014: O Apito. Um comercial lindíssimos a que poucos assistiram. Algumas pessoas, no entanto, costumam aproveitar-se da criação do outro para fazerem a sua "revolução" particular. Isso também é normal por aqui. Por essa razão, escrevo, respondendo a todos os que criticam o referido vídeo, por acharem que seja "...uma grande mentira, na medida em que não retratar a realidade do país..." o seguinte:
Li alguns comentários e, como também sou da década de 70 e participei de passeatas, grêmios e corri muito de polícia, devo ressaltar que a arte tem que estar acima de tudo. O que está em jogo é a criação ali apresentada. Se vamos fazer política, se vamos combater a violência, se vamos pôr fim a uma politicagem barata, então...VAMOS! Mas não é criticando a Copa que virá, que já é uma realidade, que iremos mudar a ordem infeliz das coisas. Bem...a propaganda não reflete a realidade,eu sei, mas pergunto: quem iria criar um comercial de um produto, mostrando a banda podre, mostrando o lado sombrio e nefasto? Não vende, companheiros!!!! Se achamos que não é por aí, quem é da década de 60, 70, sabe qual é o caminho. E o caminho NÃO é ficar indo contra este ou aquele comercial, mas é ir à luta!!! Como? Votando certo, indo às ruas, abraçando causas, enfim...participando, no real, mas não comodamente, só criticando, achando ruim, querendo que nada disso esteja acontecendo, tentando revolucionar ou conscientizar APENAS no virtual. De que adianta, apenas, tentar macular ou embaçar a criação do outro e NADA fazer de concreto para tentar mudar as coisas? Será que os que criticam o comercial podem impedir que a Copa aconteça ou mesmo podem tirar o comercial do ar só por achar que ele está "fantasioso"? Será que esses "revolucionários" têm consciência do que isso irá gerar em termos de trabalho informal? De quantos irão ganhar? Ah!!! A elite vai se beneficiar!!! Claro!!!! E daí?!!! Mas o cara lá, que vai colocar a sua barraquinha na calçada e vender, também!!! Que tal vocês tirarem proveito (De forma ética!!!) e pensar em fazer algo? A ordem agora é a COPA de 2014, mas não se esqueçam: vêm eleições por aí! Busquem informações sobre seus candidatos, conheçam-nos. Use o tempo que tiverem, não para ficar colocando defeito no trabalho alheio, mas para ter um voto, realmente, consciente. Quem sabe, pondo os fichas-sujas para fora do Senado, Planalto, enfim...não tenhamos, um dia, um comercial mais verdadeiro? Aí a Copa nem precisará ser aqui! Vamos tentar o Hexa!
Li alguns comentários e, como também sou da década de 70 e participei de passeatas, grêmios e corri muito de polícia, devo ressaltar que a arte tem que estar acima de tudo. O que está em jogo é a criação ali apresentada. Se vamos fazer política, se vamos combater a violência, se vamos pôr fim a uma politicagem barata, então...VAMOS! Mas não é criticando a Copa que virá, que já é uma realidade, que iremos mudar a ordem infeliz das coisas. Bem...a propaganda não reflete a realidade,eu sei, mas pergunto: quem iria criar um comercial de um produto, mostrando a banda podre, mostrando o lado sombrio e nefasto? Não vende, companheiros!!!! Se achamos que não é por aí, quem é da década de 60, 70, sabe qual é o caminho. E o caminho NÃO é ficar indo contra este ou aquele comercial, mas é ir à luta!!! Como? Votando certo, indo às ruas, abraçando causas, enfim...participando, no real, mas não comodamente, só criticando, achando ruim, querendo que nada disso esteja acontecendo, tentando revolucionar ou conscientizar APENAS no virtual. De que adianta, apenas, tentar macular ou embaçar a criação do outro e NADA fazer de concreto para tentar mudar as coisas? Será que os que criticam o comercial podem impedir que a Copa aconteça ou mesmo podem tirar o comercial do ar só por achar que ele está "fantasioso"? Será que esses "revolucionários" têm consciência do que isso irá gerar em termos de trabalho informal? De quantos irão ganhar? Ah!!! A elite vai se beneficiar!!! Claro!!!! E daí?!!! Mas o cara lá, que vai colocar a sua barraquinha na calçada e vender, também!!! Que tal vocês tirarem proveito (De forma ética!!!) e pensar em fazer algo? A ordem agora é a COPA de 2014, mas não se esqueçam: vêm eleições por aí! Busquem informações sobre seus candidatos, conheçam-nos. Use o tempo que tiverem, não para ficar colocando defeito no trabalho alheio, mas para ter um voto, realmente, consciente. Quem sabe, pondo os fichas-sujas para fora do Senado, Planalto, enfim...não tenhamos, um dia, um comercial mais verdadeiro? Aí a Copa nem precisará ser aqui! Vamos tentar o Hexa!
quinta-feira, 15 de julho de 2010
SOBRE A JUVENTUDE
Educadores de todo o país (talvez do mundo!) têm buscado respostas ou mesmo tentado entender o que se passa com a família moderna. O que mudou, porque e quando, exatamente. Essa busca tem, sem dúvidas, uma razão de ser: entender o jovem do novo séc. Não são menos interessantes do que os do meu tempo, tampouco são menos inteligentes, ou menos atraentes. Ainda sonham, criam expectativas, brincam, riem...No entanto, em meio a variadas formas de adquirir conhecimentos, quedam-se inertes diante da vida. Talvez tenham informações demais, saibam demais. Mas o fato é que não aprofundam nada. As informações chegam rápido, eficientes nas suas molduras, mas ficam por aí.
Há um estranho consenso entre os jovens do mundo moderno e, como se fosse um pacto, como se combinassem, de alguma forma, eis que surgem quatro, digamos, “jargões” que parecem ser algo orquestrado. São eles: “sei lá.”, “pelo menos”, “por mim” e, o pior de todos: “é assim mesmo”. O “sei lá” Infere total despreparo para a vida e suas armadilhas e eles usam a expressão como se fosse algo natural. Não saber talvez seja cômodo, não dói. Quem você acha que deva ser o nosso novo presidente? “Sei lá...”. Que dia é a apresentação do trabalho? “Sei lá!”. O “pelo menos” beira à mediocridade na existência. Um conformismo triste de quem já se vê como perdedor. Se tira nota baixa: “Pelo menos não fui eu sozinho...”; se tira uma nota 4,0, “...pelo menos não foi 3,0...!. O “por mim” já é o cúmulo da indiferença: Uma criança foi baleada enquanto brincava na laje da sua casa. ..“Por mim!...”. Sua mãe foi chamada ao Colégio. .. “Por mim!”...
Mas, pior, pior mesmo é ouvir um “É assim mesmo”! Nossa! A rua está imunda, um homem está fazendo xixi no poste, o cara está ouvindo seu som nas alturas depois das 10, um cara está espancando a mulher, uma criança foi estuprada pelo pai, um jovem foi morto por causa de um celular, o oceano está morrendo com o vazamento assassino, um delegado, aos 35 anos, morre quando dava uma entrevista, um menino de 2 anos fuma cigarros, uma criança de 12 anos porta uma arma...... “É assim mesmo!”. Enquanto isso, como educadora, vou tentando mostrar que a vida pode ser diferente, o mundo pode ser diferente, porque: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Mas está difícil. A hora não chega. Será que chegará? “Sei lá!”. E se não chegar? “Por mim!”. E se chegar tarde demais? “Pelo menos já aproveitei meu Carnaval.” E se não chegar nunca? Ah...deixa pra lá, é assim mesmo...”
Há um estranho consenso entre os jovens do mundo moderno e, como se fosse um pacto, como se combinassem, de alguma forma, eis que surgem quatro, digamos, “jargões” que parecem ser algo orquestrado. São eles: “sei lá.”, “pelo menos”, “por mim” e, o pior de todos: “é assim mesmo”. O “sei lá” Infere total despreparo para a vida e suas armadilhas e eles usam a expressão como se fosse algo natural. Não saber talvez seja cômodo, não dói. Quem você acha que deva ser o nosso novo presidente? “Sei lá...”. Que dia é a apresentação do trabalho? “Sei lá!”. O “pelo menos” beira à mediocridade na existência. Um conformismo triste de quem já se vê como perdedor. Se tira nota baixa: “Pelo menos não fui eu sozinho...”; se tira uma nota 4,0, “...pelo menos não foi 3,0...!. O “por mim” já é o cúmulo da indiferença: Uma criança foi baleada enquanto brincava na laje da sua casa. ..“Por mim!...”. Sua mãe foi chamada ao Colégio. .. “Por mim!”...
Mas, pior, pior mesmo é ouvir um “É assim mesmo”! Nossa! A rua está imunda, um homem está fazendo xixi no poste, o cara está ouvindo seu som nas alturas depois das 10, um cara está espancando a mulher, uma criança foi estuprada pelo pai, um jovem foi morto por causa de um celular, o oceano está morrendo com o vazamento assassino, um delegado, aos 35 anos, morre quando dava uma entrevista, um menino de 2 anos fuma cigarros, uma criança de 12 anos porta uma arma...... “É assim mesmo!”. Enquanto isso, como educadora, vou tentando mostrar que a vida pode ser diferente, o mundo pode ser diferente, porque: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Mas está difícil. A hora não chega. Será que chegará? “Sei lá!”. E se não chegar? “Por mim!”. E se chegar tarde demais? “Pelo menos já aproveitei meu Carnaval.” E se não chegar nunca? Ah...deixa pra lá, é assim mesmo...”
sexta-feira, 18 de junho de 2010
AS VIZINHAS
Ao chegar em casa, deparei-me com uma cena muito comum para mim: minhas vizinhas batendo papo. Bem, até aí, uma situação, eu diria, prosaica. Ambas têm mais de 70 ano. A mais velha tem o hábito de sentar-se na cozinha da outra quando volta do pão, no fim da tarde. No entanto, hoje, especialmente, o que me chamou à atenção foi o que disse a visitante ao me ver chegar, cheia de compras, suada, exausta. Aquilo me soou como um tapa: “Estou fazendo uma hora aqui, como sempre”e voltou à conversa com sua interlocutora, ignorando mesmo a minha resposta “amarela”.
Desde menina, ouço essa expressão e nunca, nunquinha parei para pensar sobre ela, pois era, para mim, tão familiar! No entanto, hoje, aquela mulher me fez perceber que “fazer hora” não faz mais sentido para mim. O que é, afinal, isso?! Faz hora quem ainda tem tempo, quem acredita que o tempo existe ao seu bel prazer e o faz. Ela decide! E eu a invejei...Confesso, meio envergonhada, invejei aquela senhorinha magrinha, sorridente, de movimentos lentos, pois ela PODE “fazer hora”.
Eu, ao contrário da minha vizinha, sou escrava da hora. Ela me aprisiona, conduz, impõe. De repente, vejo-me correndo feito louca, mendigando que ela (a hora!) permita-me existir e cumprir compromissos. E me dou conta de que raramente posso trocar ideias com amigas, assim, sem tempo, sem limites. Já não colocamos cadeiras na calçada para trocar farpas, ou mesmo tecer comentários ou simplesmente rir da vida, do outro, de nós mesmas contar causos.
Mas elas já aprenderam a não terem pressa. O tempo agora é só um aliado para o ócio criativo. Um instrumento que elas já aprenderam a não provocar. Talvez já tenham aprendido também a não competirem com ele, muito menos tentar bajulá-lo. Elas sabem que dependem dele, mas buscam driblá-lo, pois sabem que ele não é amigo de ninguém, mas dos próprios caprichos.
Minhas vizinhas trocam ideias, zombam de mim, silenciosamente, e devem se perguntar: “para que ela corre tanto?”. E seguem...fazendo hora.
Rozana Pires / 18 de junho 2010
Desde menina, ouço essa expressão e nunca, nunquinha parei para pensar sobre ela, pois era, para mim, tão familiar! No entanto, hoje, aquela mulher me fez perceber que “fazer hora” não faz mais sentido para mim. O que é, afinal, isso?! Faz hora quem ainda tem tempo, quem acredita que o tempo existe ao seu bel prazer e o faz. Ela decide! E eu a invejei...Confesso, meio envergonhada, invejei aquela senhorinha magrinha, sorridente, de movimentos lentos, pois ela PODE “fazer hora”.
Eu, ao contrário da minha vizinha, sou escrava da hora. Ela me aprisiona, conduz, impõe. De repente, vejo-me correndo feito louca, mendigando que ela (a hora!) permita-me existir e cumprir compromissos. E me dou conta de que raramente posso trocar ideias com amigas, assim, sem tempo, sem limites. Já não colocamos cadeiras na calçada para trocar farpas, ou mesmo tecer comentários ou simplesmente rir da vida, do outro, de nós mesmas contar causos.
Mas elas já aprenderam a não terem pressa. O tempo agora é só um aliado para o ócio criativo. Um instrumento que elas já aprenderam a não provocar. Talvez já tenham aprendido também a não competirem com ele, muito menos tentar bajulá-lo. Elas sabem que dependem dele, mas buscam driblá-lo, pois sabem que ele não é amigo de ninguém, mas dos próprios caprichos.
Minhas vizinhas trocam ideias, zombam de mim, silenciosamente, e devem se perguntar: “para que ela corre tanto?”. E seguem...fazendo hora.
Rozana Pires / 18 de junho 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
DICA DO DIA: LINGUAGEM
Muitos têm me perguntado sobre a regência do verbo VISAR. Afinal,pede a preposição "a"? Posso escrever sem ela?
BEM...VOU RESPONDER DO MEU JEITO:
* O mundo moderno vem nos surpreendendo com seu jeito próprio de fazer as coisas acontecerem e com a linguagem não poderia ser diferenete, não é? Pois então...Hoje a tendência, na mídia em geral e mesmo entre as pessoas, é a utilização do verbo visar, em qualquer sentido, sem o "A". Assim:
"O presidente foi ao Irã visando sucesso na sua proposta"
ou
"O jogador visa uma boa contratação depois da Copa"
Bem...essa é a tendência!!! Já se aceita e mesmo usa-se!
Mas, se você quer saber o que dizem as gramáticas tradicionais, está ERRADO!!! No caso do verbo VISAR, no sentido de pretender/desejar/ter como meta, o correto,correto mesmo,seria:
"O presidente foi ao Irã visando AO sucesso..."
e
"O jogador visa A uma boa contratação..."
ATENÇÃO!!! Só não vale esquecer que o verbo em questão tembém tem sentido de "DAR O VISTO" E "MIRAR O ALVO,APONTAR". Bem...nesses dois casos não se usa a preposição,ambos são Transitivos Diretos!!!
Veja: O gerente visou o cheque da empresa. (Deu o visto!!!)
A polícia visou o alvo e atirou.(Mirou, apontou)
Muitas gramáticas já trazem essa explicação,viu?
Espero ter sido útil. Boa sorte!
BEM...VOU RESPONDER DO MEU JEITO:
* O mundo moderno vem nos surpreendendo com seu jeito próprio de fazer as coisas acontecerem e com a linguagem não poderia ser diferenete, não é? Pois então...Hoje a tendência, na mídia em geral e mesmo entre as pessoas, é a utilização do verbo visar, em qualquer sentido, sem o "A". Assim:
"O presidente foi ao Irã visando sucesso na sua proposta"
ou
"O jogador visa uma boa contratação depois da Copa"
Bem...essa é a tendência!!! Já se aceita e mesmo usa-se!
Mas, se você quer saber o que dizem as gramáticas tradicionais, está ERRADO!!! No caso do verbo VISAR, no sentido de pretender/desejar/ter como meta, o correto,correto mesmo,seria:
"O presidente foi ao Irã visando AO sucesso..."
e
"O jogador visa A uma boa contratação..."
ATENÇÃO!!! Só não vale esquecer que o verbo em questão tembém tem sentido de "DAR O VISTO" E "MIRAR O ALVO,APONTAR". Bem...nesses dois casos não se usa a preposição,ambos são Transitivos Diretos!!!
Veja: O gerente visou o cheque da empresa. (Deu o visto!!!)
A polícia visou o alvo e atirou.(Mirou, apontou)
Muitas gramáticas já trazem essa explicação,viu?
Espero ter sido útil. Boa sorte!
EMOÇÕES
Houve um tempo em que eu sorria
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
EMOÇÕES
Houve um tempo em que eu sorria
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Quando, na Grécia, surgiram as Olimpíadas, creio que os deuses tramavam, através da beleza do poder físico, na pura contemplação do prazer de ir além dos próprios limites, uma forma de tornar os homens mais próximos, competindo, sim, mas de forma limpa, plena. Hoje, o esporte tornou-se um grande negócio, fortunas são gastas, países que competem para ter o direito de transmitir jogos, mas visando ao lucro imediato. Nada disso, no entanto, ofusca a importância de tal acontecimento. Atletas do mundo inteiro reverenciam aqueles deuses de lá, que buscam defender a sua gente e sua fé. Nas arquibancadas,enquanto isso, os “súditos” gritam, fazem a festa, cantam, dançam, emocionam-se e acreditam. Alguns choram a emoção da vitória, outros, pela derrota. Mas há os “bárbaros”, disfarçados de homens, que xingam, provocando o terror, batem, ameaçam, matam. . . Mas que venham nossos "arremedos" de deuses e levantem a nossa emoção, conquistem nossas medalhas e nos tornem, todos, filhos de uma mesma nação.
03/06/2010
Rozana Pires
03/06/2010
Rozana Pires
domingo, 9 de maio de 2010
DIA DE MÃE
Pois é...o dia não é "das", mas "de". Sim, faz diferença...Olha a semântica falando mais alto!!!! Não há professor de português que não saiba do que falo, mas, enfim, sem lero-lero (Sou louca por um!) e vamos ao que interessa. O dia é DE e não DAS porque, as incautas que me perdoem, nem todas merecem comemorar esse dia. Vamos lá...Por quê? Porque ser mãe, mas mãe mesmo, daquelas que esfolam o bico do peito, que acordam com olheiras, que gritam, brigam, que se negam a sair para ver até que ponto a febre vai, é para poucas. Não sei se soube ser mãe, como imagino que devesse ter sido. Mas vou ficar com o depoimento das minhas filhas. Elas me consolam quando o fazem com tanto carinho.
Mas o dia é DE mãe que se nega a fingir que não vê que o(a) filho(a) cresceu e não é nada "tímido", ou "bobo". O dia é DE mãe que não aceita a tal "privacidade", ela que se dane! Tem que ver tudo, sim; saber de tudo, sim (Ou quase!) O dia é DE mãe que permite que o filho chore de vez em quando e aprenda! DE mãe que respeita a escola do filho, o professor do filho e cobra DO FILHO a nota alta que não veio e não do professor, que tenta ser o "Pai/mãe" que não lhe compete. O dia é DE mãe que diz NÂO. O Dia é DE mãe que ama, sofre junto, beija, sorri, mas não confunde: ser mãe é ser mãe e não "colega".
Enfim...entre uma prosa e outra, vou aqui tricotando ideias que nem sempre agradam, mas que gosto de ver tomando forma e me mostrando pelo que penso, pelo que sou. Bem...para as mães que não padecem no Paraíso, um feliz dia DE mãe.
Rozana Pires
Mas o dia é DE mãe que se nega a fingir que não vê que o(a) filho(a) cresceu e não é nada "tímido", ou "bobo". O dia é DE mãe que não aceita a tal "privacidade", ela que se dane! Tem que ver tudo, sim; saber de tudo, sim (Ou quase!) O dia é DE mãe que permite que o filho chore de vez em quando e aprenda! DE mãe que respeita a escola do filho, o professor do filho e cobra DO FILHO a nota alta que não veio e não do professor, que tenta ser o "Pai/mãe" que não lhe compete. O dia é DE mãe que diz NÂO. O Dia é DE mãe que ama, sofre junto, beija, sorri, mas não confunde: ser mãe é ser mãe e não "colega".
Enfim...entre uma prosa e outra, vou aqui tricotando ideias que nem sempre agradam, mas que gosto de ver tomando forma e me mostrando pelo que penso, pelo que sou. Bem...para as mães que não padecem no Paraíso, um feliz dia DE mãe.
Rozana Pires
terça-feira, 6 de abril de 2010
Duro assistir aos meus irmãos cariocas sofrendo com a fúria das águas. O Cristo Redentor, com seus braços abertos, a tudo assiste impávido do alto da sua superioridade. Há poucos dias em que se chorou (ou não!) às lembranças da sua morte, a hora é de chorar (Com certeza!) a perda de crianças que "pecaram" por terem nascido em favelas, desprotegidas da vida, da sorte. Talvez o Redentor mantenha seus braços abertos para recebê-las num mundo melhor,onde sejam repeitadas e tenham o direito de sonhar. Ide a Ele as criancinhas, vítimas do tráfico, da vida, da natureza.....sinto muito!
sábado, 20 de março de 2010
Escrita
Existo, mas não sei de mim
Quando procuro, deparo-me com palavras que me formam.
E deixam espaços nunca vazios
Busco palavras...
Na minha busca, encontro-as soltas, aqui e ali
Umas dizem coisas azuis, belas leves
Outras, ainda escondidas, guardam medos e angústias
Algumas sussurram segredos loucos,
Gritam luxúrias,
Palavras com molecagens adultas
Encontro-as, assim, ainda por dizer...
Escondidas, estavam alegres por acontecer
Juntei-as... Faria a revolução!
Limitei-as ao meu mundo de esperança e amores
E elas ganharam vida.
Nasceu a escrita!
Com rima letra e valentia
Coragem de revelar segredos
Algemadas por sonhos.
Escrita feita de dor,
Escrita feita de amor
Escrevo... E não digo tudo
Porque só, aos poucos, a escrita cabe
E nela crio alma, vida
E nela me eternizo
Salvador, 30/09/2008
Rozana Pires
Existo, mas não sei de mim
Quando procuro, deparo-me com palavras que me formam.
E deixam espaços nunca vazios
Busco palavras...
Na minha busca, encontro-as soltas, aqui e ali
Umas dizem coisas azuis, belas leves
Outras, ainda escondidas, guardam medos e angústias
Algumas sussurram segredos loucos,
Gritam luxúrias,
Palavras com molecagens adultas
Encontro-as, assim, ainda por dizer...
Escondidas, estavam alegres por acontecer
Juntei-as... Faria a revolução!
Limitei-as ao meu mundo de esperança e amores
E elas ganharam vida.
Nasceu a escrita!
Com rima letra e valentia
Coragem de revelar segredos
Algemadas por sonhos.
Escrita feita de dor,
Escrita feita de amor
Escrevo... E não digo tudo
Porque só, aos poucos, a escrita cabe
E nela crio alma, vida
E nela me eternizo
Salvador, 30/09/2008
Rozana Pires
Nesse mundo....Ninguém é mais que ninguém
Todos nós temos nossas falhas.Pessoa alguma é perfeita.
Inclusive porque são julgadas subjetivamente por outras pessoas que, por sua vez, tão pouco são donas da verdade...
A verdadeira sabedoria está em reconhecer,
que você,eu e todos enfim às vezes falhamos
E encontramos na tolerância e na compreensão
O equilíbrio de um relacionamento maduro...
Ou então calar os nossos sentimentos
Do que manifestar a quem não possa compreender!!!
Todos nós temos nossas falhas.Pessoa alguma é perfeita.
Inclusive porque são julgadas subjetivamente por outras pessoas que, por sua vez, tão pouco são donas da verdade...
A verdadeira sabedoria está em reconhecer,
que você,eu e todos enfim às vezes falhamos
E encontramos na tolerância e na compreensão
O equilíbrio de um relacionamento maduro...
Ou então calar os nossos sentimentos
Do que manifestar a quem não possa compreender!!!
quinta-feira, 18 de março de 2010
DICA DO DIA: LINGUAGEM
* O verbo VER, no futuro do subjuntivo conjuga-se da seguinte forma:
vir / vires / vir / virmos / virdes / virem
Portanto, é assim que se fala: Qdo você VIR algo que não lhe agrade, fale! /
Se VIR Fulano, diga-lhe que o estou procurando.
* O verbo VIR não se conjuga pelo verbo VER
Sua conjugação fica assim: vier / vieres / vier / viermos / vierdes / vierem
Portanto, é assim que se fala: Quando você VIER da fazenda, procure-me /
Se você VIER a Salvador, vá ao Dique.
Boa sorte!
vir / vires / vir / virmos / virdes / virem
Portanto, é assim que se fala: Qdo você VIR algo que não lhe agrade, fale! /
Se VIR Fulano, diga-lhe que o estou procurando.
* O verbo VIR não se conjuga pelo verbo VER
Sua conjugação fica assim: vier / vieres / vier / viermos / vierdes / vierem
Portanto, é assim que se fala: Quando você VIER da fazenda, procure-me /
Se você VIER a Salvador, vá ao Dique.
Boa sorte!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Quero ser livre e caminhar sem máscaras.
Quero ser eu e não me incomodar com nada.
Quero a suavidade da água que corre serena, no riacho distante.
Quero não ver papéis inúteis a impedir a minha caminhada.
Somos, sim, escravos do nome,
Prisioneiros eternos da vida,
Pássaros acorrentados a burocracias que estancam sorrisos.
Quem ouve meu grito?
Quem atende ao meu clamor?
Quero ser eu mesma, filha de quem sou.
Quero andar livre,
Desarrumar a ordem imposta pela vida.
Quero ser o desalinho da imposição de limites vãos.
Não sou Rita, não sou Maria,
Não sou Antonia, nem sou Lia,
Não sou Araújo, nem tampouco Cintra
Sou todas numa só,
Sou ninguém que busca a sua guia
Vivo de esperar meu nome,
Não quero ser Fulano, nem Sicrano,
Também não aceito ser Joana
Vivo de querer ser , apenas e unicamente, Rozana
EU
Quero ser eu e não me incomodar com nada.
Quero a suavidade da água que corre serena, no riacho distante.
Quero não ver papéis inúteis a impedir a minha caminhada.
Somos, sim, escravos do nome,
Prisioneiros eternos da vida,
Pássaros acorrentados a burocracias que estancam sorrisos.
Quem ouve meu grito?
Quem atende ao meu clamor?
Quero ser eu mesma, filha de quem sou.
Quero andar livre,
Desarrumar a ordem imposta pela vida.
Quero ser o desalinho da imposição de limites vãos.
Não sou Rita, não sou Maria,
Não sou Antonia, nem sou Lia,
Não sou Araújo, nem tampouco Cintra
Sou todas numa só,
Sou ninguém que busca a sua guia
Vivo de esperar meu nome,
Não quero ser Fulano, nem Sicrano,
Também não aceito ser Joana
Vivo de querer ser , apenas e unicamente, Rozana
EU
terça-feira, 16 de março de 2010
Escrevo
E ainda que incomode ou provoque desdém,
Escreverei.
Ainda que se incomodem
Com versos tão pobres,
Escreverei.
ainda que sejam lançadas a eles críticas silenciosas,
Escreverei.
Ainda que se prefiram outros,
Ricos em figuras,
Profundos em ideias,
Escreverei.
Minha arma são as palavras
Que derramo mansa e desprentensiosamente
Numa folha de papel,
Porque escrevo para ser feliz,
Escrevo para ganhar asas,
Para sentir o mundo na minha alma,
Para fazer amor comigo mesma.
Escrevo como se pássaro fosse,
cComo canto de cotovia,
Porque o meu nome é poesia.
Eu
E ainda que incomode ou provoque desdém,
Escreverei.
Ainda que se incomodem
Com versos tão pobres,
Escreverei.
ainda que sejam lançadas a eles críticas silenciosas,
Escreverei.
Ainda que se prefiram outros,
Ricos em figuras,
Profundos em ideias,
Escreverei.
Minha arma são as palavras
Que derramo mansa e desprentensiosamente
Numa folha de papel,
Porque escrevo para ser feliz,
Escrevo para ganhar asas,
Para sentir o mundo na minha alma,
Para fazer amor comigo mesma.
Escrevo como se pássaro fosse,
cComo canto de cotovia,
Porque o meu nome é poesia.
Eu
DICA PARA LER MELHOR UM TEXTO
Quando você lê um texto, está, na verdade, lendo vários textos, a vida mesmo, pois nele estão ideias de muitas pessoas. Por isso, COMPREENDER um texto significa perceber o que está escrito, como eu costumo dizer: "boiando na prosa", objetivamente, o que o autor diz! Agora, INTERPRETAR significa você buscar o que não está escrito, mas está dito. São as entrelinhas. Nessa fase você vai além, vai buscar o que o autor quis dizer. Por isso, ao ler para interpretar, valorize a conotação, os advérbios, enfim....busque, como um detetive, pistas para descortinar a mensagem na sua inteireza.
Rozana
Rozana
DICA PARA A VIDA
Permita-se ser, acontecer, gritar se doer, sonhar de olhos abertos, chorar alto para aliviar.
Não olhe para trás, siga!
Se o que lhe dizem a incomodar, ignore, mas não fique com raiva. Se ficar, não ignorou, funcionou.
A vida é sua, o dia é seu, o passado não volta e o futuro...é daqui a um segundo....aproveite!
Eu
Não olhe para trás, siga!
Se o que lhe dizem a incomodar, ignore, mas não fique com raiva. Se ficar, não ignorou, funcionou.
A vida é sua, o dia é seu, o passado não volta e o futuro...é daqui a um segundo....aproveite!
Eu
segunda-feira, 15 de março de 2010
PROSEANDO
Hoje, conversando no café da manhã com minha filha, ponderamos sobre algumas questões do dia-a-dia...Discutíamos ou filosofávamos, sei lá....sobre o comportamento humano. Creio que, amplamente debatido, não parece um tema muito atraente não fosse o seu conteúdo: FAZER COM O OUTRO O QUE ELE FEZ COM A GENTE É PECADO? NÃO SERIA UMA BOA OCASIÃO PARA DAR O TROCO?
O que disse a ela repasso para vc que veio aqui me visitar: Os nossos valores são NOSSOS!!! Não importa o que o outro faria, ou fez, mas o que EU sou capaz de fazer. A mim pouco importa se o outro tem palavra...EU TENHO! A despeito do mundo, dos que me rodeiam, sigo minha vida, pautando-a na ética e no respeito ao próximo, assim como a mim mesma. "Ele não agiria assim.Aproveitaria!" Certo. Mas EU NÃO!!!!
Tenho fortes convicções que me foram impostas pela vida. Não as desprezo, pelo contrário, defendo-as, ainda que não as entendam ou não concordem com elas. Vão à merda!!! São MINHAS!!!! Construídas na dor, na alegria, nas aprendizagens, com os amigos, construídas a partir do meu pai que sempre honrou sua palavra e se foi sem deixar mofos, ácaros e semelhantes.
Creio que minha filha concordou comigo, senti seu ar de mulher que se rende diante da verdade da vida.
Espero que você também entenda.
Bjs
O que disse a ela repasso para vc que veio aqui me visitar: Os nossos valores são NOSSOS!!! Não importa o que o outro faria, ou fez, mas o que EU sou capaz de fazer. A mim pouco importa se o outro tem palavra...EU TENHO! A despeito do mundo, dos que me rodeiam, sigo minha vida, pautando-a na ética e no respeito ao próximo, assim como a mim mesma. "Ele não agiria assim.Aproveitaria!" Certo. Mas EU NÃO!!!!
Tenho fortes convicções que me foram impostas pela vida. Não as desprezo, pelo contrário, defendo-as, ainda que não as entendam ou não concordem com elas. Vão à merda!!! São MINHAS!!!! Construídas na dor, na alegria, nas aprendizagens, com os amigos, construídas a partir do meu pai que sempre honrou sua palavra e se foi sem deixar mofos, ácaros e semelhantes.
Creio que minha filha concordou comigo, senti seu ar de mulher que se rende diante da verdade da vida.
Espero que você também entenda.
Bjs
Tirando dúvidas
1) Hoje alguém me perguntou porque quem nasce em Salvador é SOTEROPOLITANO
SOTERO - expressão que vem do grego e significa aquele que salva, o salvador
POLI - metrópeoles
TANO - expressão latina que indica "nascido em"
2) É correto dizer "interviu"?
JAMAIS!!!! O verbo intervir deriva do verbo VIR, portanto, a forma correta é INTERVEIO!!!
O governo INTERVEIO na greve de fome.......(Quem dera!!!)
SOTERO - expressão que vem do grego e significa aquele que salva, o salvador
POLI - metrópeoles
TANO - expressão latina que indica "nascido em"
2) É correto dizer "interviu"?
JAMAIS!!!! O verbo intervir deriva do verbo VIR, portanto, a forma correta é INTERVEIO!!!
O governo INTERVEIO na greve de fome.......(Quem dera!!!)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
ESTOU ÀS ORDENS!!!
Oi, gente!!!
Esqueci de dizer que estou às ordens parA:
1. TIRAR DÚVIDAS DE GRAMÁTICA
2. TIRAR DÚVIDAS DE REDAÇÃO PARA VESTIBULARES E CONCURSOS.
3. DISCUTIR QUESTÕES DA ATUALIDADE
4. SUGERIR LEITURAS INTERESSANTES
5. SUGERIR BONS FILMES
6. DISCUTIR QUESTÕES DE LINGUÍSTICA E SEMÂNTICA
7. ACONSELHAR FILHOS DESNATURADOS E EGOÍSTAS E MÃES SUPERPROTETORAS.
SE QUISER MAIS...PROCURE UM BOM TERAPEUTA!!!!
BJS E BJS
Esqueci de dizer que estou às ordens parA:
1. TIRAR DÚVIDAS DE GRAMÁTICA
2. TIRAR DÚVIDAS DE REDAÇÃO PARA VESTIBULARES E CONCURSOS.
3. DISCUTIR QUESTÕES DA ATUALIDADE
4. SUGERIR LEITURAS INTERESSANTES
5. SUGERIR BONS FILMES
6. DISCUTIR QUESTÕES DE LINGUÍSTICA E SEMÂNTICA
7. ACONSELHAR FILHOS DESNATURADOS E EGOÍSTAS E MÃES SUPERPROTETORAS.
SE QUISER MAIS...PROCURE UM BOM TERAPEUTA!!!!
BJS E BJS
Bem...eis-me aqui. Um novo mundo para mim: BLOG!!!! Vou deitar falação, vou esculpir palavras sonhadoras ou maltratadas, vou estender minhas revoltas para alguém ler, interagir, discordar...Nada será copiado. Minhas loucuras de arremedo de poeta-jornalista-ensaísta colocarei aqui sempre que possível. Será inútil? Ajudará alguém? Incomodará? Não sei...mas tudo o que ocorrer, como na vida, valerá à pena. Pelo menos, eu fiz!
Começo com uma reflexão sobre o Carnaval de 2010.
Começo com uma reflexão sobre o Carnaval de 2010.
"CarnavaItiano"
A cidade começa a rebulir-se num ritmo alucinantemente próprio. O ano começa a começar... Danielas e Ivetes; Browns e Psiricos; Reboletions e Lobos-maus; Trios e Cortejos que disputam o poder de mandar, de conquistar um exército cada vez mais hipnotizado pelo glamour de ser, de viver, de acontecer. Afrodescendentes a trançarem cabelos e a própria história. É a hora da negritude baiana, verdadeiramente. É a apoteose da raça, que viverá uma semana de igualdade racial, na sua inteireza social. Fingiremos que somos todos iguais, separados apenas pelos diferentes ritmos que, ao final, serão também, de todos e para todos os gostos. Misturaremos cores e sorrisos. brancos e negros encontrar-se-ão num só coro, rodopiando na Avenida ou na Barra como iguais, mas tão desiguais nas suas realidades ácidas e distantes. Formaremos um só corpo, mas vestiremos diferentes marcas e aí estará a marca de quem somos e de onde viemos.
Há, de forma velada, um terremoto de de emoções e expectativas. Há a ansiedade dos que acreditam estarem esperando o bonde da felicidade, do ritmo, da cor, da alegria. Afinal, é Carnaval! É um terremoto de alegria, de fantasia, de esquecimento sem culpas. E nossos negros cantarão e rebolarão, desenhando charme e sensualidade. Assim assistiremos ao terremoto brasileiro de pura alegria que contrastará com o terremoto que abalou o Haiti dos negros pobres e esquecidos pelo mundo. Negros que agora "dançam" como animais, num ritmo de frenético desejo de sobreviver. Homens feridos em sua dignidade, em seu direito de "ser"; que lutam por água e um prato de comida como animais acuados e agredidos no seu direito básico de viver.
assim, damos as costas à dor que maltrata o coração e a alma de tantos haitianos, punidos pela natureza, perdidos na própria história, maltratados no próprio destino. Crianças órfãs, mães sem filhos, velhos sem passado, um mundo destruído.Enquanto isso, num continente não muito distante, numa terra de sol e luz, outros negros brincarão e rirão e se permitirão ter esperança. Farão coreografias e terão, a seus pés, brancos que se renderão a seu ritmo, a suas cores, a seu sorriso amplo. Tudo herdado daquele negro de lá, que chora a sua desgraça e se contenta com as mãos que lhes são estendidas de longe. Mas vamos esquecer. Ficar lembrando, para quê??!! É Carnaval!!!
Escrito antes do Carnaval (Claro!!!)
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)