Ao chegar em casa, deparei-me com uma cena muito comum para mim: minhas vizinhas batendo papo. Bem, até aí, uma situação, eu diria, prosaica. Ambas têm mais de 70 ano. A mais velha tem o hábito de sentar-se na cozinha da outra quando volta do pão, no fim da tarde. No entanto, hoje, especialmente, o que me chamou à atenção foi o que disse a visitante ao me ver chegar, cheia de compras, suada, exausta. Aquilo me soou como um tapa: “Estou fazendo uma hora aqui, como sempre”e voltou à conversa com sua interlocutora, ignorando mesmo a minha resposta “amarela”.
Desde menina, ouço essa expressão e nunca, nunquinha parei para pensar sobre ela, pois era, para mim, tão familiar! No entanto, hoje, aquela mulher me fez perceber que “fazer hora” não faz mais sentido para mim. O que é, afinal, isso?! Faz hora quem ainda tem tempo, quem acredita que o tempo existe ao seu bel prazer e o faz. Ela decide! E eu a invejei...Confesso, meio envergonhada, invejei aquela senhorinha magrinha, sorridente, de movimentos lentos, pois ela PODE “fazer hora”.
Eu, ao contrário da minha vizinha, sou escrava da hora. Ela me aprisiona, conduz, impõe. De repente, vejo-me correndo feito louca, mendigando que ela (a hora!) permita-me existir e cumprir compromissos. E me dou conta de que raramente posso trocar ideias com amigas, assim, sem tempo, sem limites. Já não colocamos cadeiras na calçada para trocar farpas, ou mesmo tecer comentários ou simplesmente rir da vida, do outro, de nós mesmas contar causos.
Mas elas já aprenderam a não terem pressa. O tempo agora é só um aliado para o ócio criativo. Um instrumento que elas já aprenderam a não provocar. Talvez já tenham aprendido também a não competirem com ele, muito menos tentar bajulá-lo. Elas sabem que dependem dele, mas buscam driblá-lo, pois sabem que ele não é amigo de ninguém, mas dos próprios caprichos.
Minhas vizinhas trocam ideias, zombam de mim, silenciosamente, e devem se perguntar: “para que ela corre tanto?”. E seguem...fazendo hora.
Rozana Pires / 18 de junho 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
DICA DO DIA: LINGUAGEM
Muitos têm me perguntado sobre a regência do verbo VISAR. Afinal,pede a preposição "a"? Posso escrever sem ela?
BEM...VOU RESPONDER DO MEU JEITO:
* O mundo moderno vem nos surpreendendo com seu jeito próprio de fazer as coisas acontecerem e com a linguagem não poderia ser diferenete, não é? Pois então...Hoje a tendência, na mídia em geral e mesmo entre as pessoas, é a utilização do verbo visar, em qualquer sentido, sem o "A". Assim:
"O presidente foi ao Irã visando sucesso na sua proposta"
ou
"O jogador visa uma boa contratação depois da Copa"
Bem...essa é a tendência!!! Já se aceita e mesmo usa-se!
Mas, se você quer saber o que dizem as gramáticas tradicionais, está ERRADO!!! No caso do verbo VISAR, no sentido de pretender/desejar/ter como meta, o correto,correto mesmo,seria:
"O presidente foi ao Irã visando AO sucesso..."
e
"O jogador visa A uma boa contratação..."
ATENÇÃO!!! Só não vale esquecer que o verbo em questão tembém tem sentido de "DAR O VISTO" E "MIRAR O ALVO,APONTAR". Bem...nesses dois casos não se usa a preposição,ambos são Transitivos Diretos!!!
Veja: O gerente visou o cheque da empresa. (Deu o visto!!!)
A polícia visou o alvo e atirou.(Mirou, apontou)
Muitas gramáticas já trazem essa explicação,viu?
Espero ter sido útil. Boa sorte!
BEM...VOU RESPONDER DO MEU JEITO:
* O mundo moderno vem nos surpreendendo com seu jeito próprio de fazer as coisas acontecerem e com a linguagem não poderia ser diferenete, não é? Pois então...Hoje a tendência, na mídia em geral e mesmo entre as pessoas, é a utilização do verbo visar, em qualquer sentido, sem o "A". Assim:
"O presidente foi ao Irã visando sucesso na sua proposta"
ou
"O jogador visa uma boa contratação depois da Copa"
Bem...essa é a tendência!!! Já se aceita e mesmo usa-se!
Mas, se você quer saber o que dizem as gramáticas tradicionais, está ERRADO!!! No caso do verbo VISAR, no sentido de pretender/desejar/ter como meta, o correto,correto mesmo,seria:
"O presidente foi ao Irã visando AO sucesso..."
e
"O jogador visa A uma boa contratação..."
ATENÇÃO!!! Só não vale esquecer que o verbo em questão tembém tem sentido de "DAR O VISTO" E "MIRAR O ALVO,APONTAR". Bem...nesses dois casos não se usa a preposição,ambos são Transitivos Diretos!!!
Veja: O gerente visou o cheque da empresa. (Deu o visto!!!)
A polícia visou o alvo e atirou.(Mirou, apontou)
Muitas gramáticas já trazem essa explicação,viu?
Espero ter sido útil. Boa sorte!
EMOÇÕES
Houve um tempo em que eu sorria
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
EMOÇÕES
Houve um tempo em que eu sorria
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
E o meu riso era pleno, puro, ingênuo.
Apenas o riso e a vontade de ser feliz.
Era o riso da verdade, das janelas se abrindo,
Da alma se despindo.
Era o riso do agora
Da urgência de ter o mundo
Eu apenas sorria...
Houve um tempo em que eu olhava
Olhava e via cores, movimentos,
Um rio sereno.
Via a vida sem feridas
Sem curativos vãos.
Olhava contemplando o céu banhado de promessas.
Eu apenas olhava...
Houve um tempo em que eu dançava.
O corpo se movia solto, leve, sem o peso das dores.
Movia sem ontem, hoje ou amanhã.
Transcendia na hora, no tempo, no agora
Movia sem rangeres de coluna,
Sem culpa de promessas de dores
Apenas dançava...
Houve um tempo em que minhas mãos tocavam
As pequenas coisas
Acariciavam amando,
Tocavam, sentindo,
Sentiam, vivendo
Mexiam, realizando, ousando
Não olhavam a obra
Iniciavam outra
Apenas tocavam...
Houve um tempo em que eu chorava
Chorava a dor do momento,
O medo da perda,
A alegria da emoção,
Explodia nos sentimentos
Meus olhos apenas choravam...
Hoje o sorriso é urgência de vida
Marca do tempo
Cautela na emoção
Hoje meus olhos olham o amanhã,
A dúvida.
Olham na expectativa do que se foi
Olham e buscam descobrir, marcar
Contemplando a vida
Querendo gravar memórias
Eternizar miudezas vãs.
Hoje meu corpo dança a canção de ontem,
Marcando compasso no ritmo do tempo
Move-se sereno, medindo o som
Escondendo verdades.
Hoje minhas mãos tocam com cautela
Sentem e, às vezes, mentem
Manejam as palavras guardadas
E liberam-nas no branco papel
Manchado de minha história.
Minhas mãos me traem revelando verdades
Que guardo na alma
Conduzindo os botões do teclado,
Eternizando a história
Construindo a minha vida.
E segue...
Rozana Pires
04/04/2008
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Quando, na Grécia, surgiram as Olimpíadas, creio que os deuses tramavam, através da beleza do poder físico, na pura contemplação do prazer de ir além dos próprios limites, uma forma de tornar os homens mais próximos, competindo, sim, mas de forma limpa, plena. Hoje, o esporte tornou-se um grande negócio, fortunas são gastas, países que competem para ter o direito de transmitir jogos, mas visando ao lucro imediato. Nada disso, no entanto, ofusca a importância de tal acontecimento. Atletas do mundo inteiro reverenciam aqueles deuses de lá, que buscam defender a sua gente e sua fé. Nas arquibancadas,enquanto isso, os “súditos” gritam, fazem a festa, cantam, dançam, emocionam-se e acreditam. Alguns choram a emoção da vitória, outros, pela derrota. Mas há os “bárbaros”, disfarçados de homens, que xingam, provocando o terror, batem, ameaçam, matam. . . Mas que venham nossos "arremedos" de deuses e levantem a nossa emoção, conquistem nossas medalhas e nos tornem, todos, filhos de uma mesma nação.
03/06/2010
Rozana Pires
03/06/2010
Rozana Pires
Assinar:
Postagens (Atom)